Desvendando a Ansiedade Alimentar: Estratégias para Encontrar Equilíbrio

A ansiedade alimentar é um tema que afeta um número crescente de pessoas nos dias de hoje. A sociedade é muitas vezes estressante, é comum que as preocupações e inquietações se manifestem até mesmo nas escolhas que fazemos em relação à comida. Fica aqui até o final que eu vou te mostrar algumas coisas que você pode fazer quanto a isso…

A Complexa Relação entre Emoções e Alimentação

A relação entre ansiedade e alimentação é complexa e multifacetada. Muitas vezes, você utiliza a comida como uma forma de conforto emocional, uma maneira de lidar com o estresse e a ansiedade. Esse padrão pode se tornar um ciclo sem fim, onde o ato de comer se transforma em uma forma de aliviar temporariamente as emoções desconfortáveis, mas que logo é substituído por sentimentos de culpa e arrependimento.

Identificando Padrões de Ansiedade Alimentar

Reconhecer os sinais de ansiedade alimentar é o primeiro passo para lidar com esse desafio. Pode incluir comer exageradamente em momentos de estresse, evitar certos alimentos por medo de ganhar peso, ou até mesmo sentir uma constante tensão em relação às escolhas alimentares. Identificar esses padrões é crucial para implementar mudanças positivas.

Estratégias para Lidar com a Ansiedade Alimentar

  • Consciência alimentar: Praticar a alimentação consciente é uma maneira eficaz de combater a ansiedade alimentar. Isso envolve saborear cada mordida, e estar ciente das sensações físicas e emocionais que surgem durante a refeição. O que costumo sugerir aos pacientes nesse contexto é sempre se fazer a seguinte pergunta: “Esse próximo pedaço/garfada… vai acontecer porque realmente resta alguma fome ou por outra razão?” Após identificar o que é, decidir se vale ou não pena continuar comendo…
  • Rotinas alimentares: Estabelecer rotinas alimentar (e não necessariamente um “plano alimentar”) pode reduzir a ansiedade ao fazer as refeições já que você “terá para onde ir” chegado o momento da refeição. Pensar em como serão as refeições “amanhã” e se organizar para elas (sejam pedindo delivery em um lugar que tem salada, seja preparando uma combinação para comer de lanche da tarde) reduzirão seu nível de ansiedade direcionado à comida.
  • Busca por Ajuda Profissional: Se a ansiedade alimentar está afetando significativamente a qualidade de vida, procure a orientação de um profissional de psicológico e nutricionista especializados em comportamento alimentar pode ser muito importante.
  • Exercitar momentos de qualidade no dia: Incorpore momentos de qualidade em seu dia para aumentarmomentos de serenidade em seu dia podem ajudar a reduzir o estresse e não direcioná-lo a comida.
  • Construindo uma Relação Saudável com a Comida: construa uma relação saudável com a comida, onde ela seja vista como fonte de nutrição e prazer, em vez de uma fonte de estresse.

Conclusão

A ansiedade alimentar é uma questão complexa, mas não é insuperável. Ao reconhecer os padrões, adotar estratégias conscientes e buscar apoio quando necessário, é possível encontrar um equilíbrio saudável entre as emoções e a alimentação. Lembre-se de que cada jornada é única, e o importante é dar passos pequenos e consistentes em direção a uma relação mais positiva e tranquila com a comida.

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Minha História

Eu vou compartilhar minha experiência com a sabedoria alimentar e como passei a valorizá-la. Iniciei na nutrição por conta da nutrição esportiva, mas isso teve um motivo. Entre a pré-adolescência e adolescência, me preocupava muito com meu corpo e me sentia mal perto de colegas mais magros na escola. Essa “sensação” de “coadjuvante” favoreceu minha timidez e me sentia bastante inseguro.

Estava sempre evitando muito contato social. Certa vez em consulta médica, fui rotulado como “obeso” e o médico disse que eu precisava emagrecer sem mesmo ter me examinado. Esse desleixo no cuidado somado ao que eu já vivenciava, me abalou muito. Por volta dos 14 anos, quando aumentei rapidamente minha estatura, acabei emagrecendo, mas continuava sempre preocupado com o que ia comer e com o corpo.

Lia rótulos, contava calorias e praticava exercícios (futebol) para não engordar. Mas a vergonha do corpo ainda estava presente. Tirar a camisa por exemplo, nunca deixou de ser um sofrimento. Eu me interessava pela área de biológicas e ao mesmo tempo procurava respostas para mim. Foi assim que, mais tarde, decidi tentar vestibular para nutrição na USP Ribeirão Preto. Na mesma época, em uma situação inusitada andando em um parque com minha mãe, fui convidado a ser modelo (algo completamente “fora da casinha”, imaginem!). Toda essa ocasião (universidade + “modelo”) melhoram momentaneamente minha autoconfiança.

Foi nessa fase que comecei a correr, o que me fazia bem, mas também passei a fazer musculação porque a agência de modelos exigia um corpo mais magro e mais musculoso. Com dois anos de faculdade, decidi trancá-la e me mudar para São Paulo para intensificar as atividades de modelo.

Consegui participar de desfiles importantes (Ellus, Herchcovitch…) e até passei um tempo curto no exterior para trabalhar. E as cobranças das agências para emagrecer e “ficar musculoso” só cresciam e se tornaram um problema muito maior. Minha rotina era fazer exercício, comer contando calorias e proteínas, tomar suplemento, comer só o que eu preparava e ir para testes de trabalho de moda ou comerciais. Mas meu corpo nunca era suficiente para o que a agência esperava, e isso me abalava muito. Até anabolizantes eu cheguei a usar. Era um ambiente muito insalubre. Não era raro pessoas desse meio criticarem abertamente o corpo de modelos homens e mulheres em tom de deboche. O assunto era só esse o tempo todo.

Depois de quase 2 anos de pressão para manter um corpo idealizado pelas agências, eu percebi que isso tudo não tinha nada de saudável e comecei a questionar o que realmente significava qualidade de vida de forma duradoura e se essa vida fazia sentido para mim. Minha mãe também havia falecido e passei a reavaliar muito coisa que eu estava fazendo até então. Eu não queria mais aquilo tudo.  A intenção de voltar para nutrição foi ainda maior. Como estabeleci vínculos em São Paulo, decidi prestar vestibular de novo.

Passei na prova. E voltei para graduação de nutrição agora na USP/SP e com uma missão clara: entender como alcançar qualidade de vida sem uma alimentação obsessiva e ajudar outras pessoas a enxergar como era grave aquela forma obsessiva de pensar a alimentação e o corpo e como tudo isso mais atrapalhava do que ajudava no processo de mudanças na alimentação. Eu tive que me aprofundar em muitas coisas para ter condições de desmistificar todos os mitos sobre a alimentação que passei a notar.

Foi aí que comecei a entender no meu percurso, o que era sabedoria alimentar. Me formei. E entre muitos estudos e aprofundamento (mestrado, especializações e doutorado), compreendi que sabedoria alimentar é uma habilidade poderosa. Uma ferramenta essencial para alcançarmos um relacionamento saudável com a comida e com nosso próprio corpo para atingirmos uma vida que vale ser vivida. Uma habilidade com suas raízes na ciência do comportamento alimentar.

A sabedoria alimentar aliada a todo o conhecimento clássico da nutrição passou a ser a porta de entrada para eu compreender a minha forma de comer e como facilitar que todos os pacientes e pessoas que passaram a cruzar meu caminho pudessem também comer de maneira mais consciente e com paz, notando o significado de suas escolhas e aprendendo a alinhá-las a cada uma das expectativas e influências que encontravam no dia a dia.

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