Restrição alimentar MATA: 5 perigos de uma DIETA PARA EMAGRECER e o caso da influenciadora Zhanna Samsonova

Se você chegou até aqui, já deve ter feito (ou está fazendo) uma DIETA PARA EMAGRECER. E talvez tenha visto o caso da influenciadora Zhanna Samsonova.

Se todo mundo faz RESTRIÇÃO ALIMENTAR em uma dieta para emagrecer para “perder” uns quilinhos, por que não posso fazer também?

Você pensa assim? É muito tentador, não? Quando surge uma nova dieta dieta para emagrecer você já pensa: “agora vai!”

Se você se vê nessa situação continue por aqui para conhecer os perigos que você pode correr ao fazer mais uma RESTRIÇÃO ALIMENTAR e veja o que aconteceu com Zhanna Samsonova.

Mas primeiro:

já pensou no que é uma restrição alimentar que acontece em uma dieta para emagrecer?

Eu aposto que você até tem um palpite…, mas o que eu vou te contar na sequência dificilmente você sabe.

Talvez você tenha pensado “de cara” em calorias, não foi?

Pois é… a restrição alimentar envolve “dietas restritivas” que podem ser aquelas com 1000 a 1200 kcal (dietas de baixa caloria) ou aquelas com em torno de 800 Kcal (dietas de muito baixa caloria).

Mas será que APENAS A questão da caloria é o que defini restrição alimentar? Te digo que não!

Olha só o que pode envolver uma dieta restritiva:

  1. Uma intenção frequente de se privar de comida com envolvimento de sofrimento nesse pensamento incessante;
  • Viver com intenção de restringir MESMO SENDO UMA PESSOA MAGRA (CASO DA ZHANNA!) para o perfil geral da população;
  • Ter histórico de restrição alimentar sempre envolvido com episódios de perda e recuperação de peso (tem pessoas que vivem isso uma vida toda!)

Boa parte das pessoas que buscam a próxima dieta restritiva tem esse perfil… conhece alguém?

E a pergunta de milhões: tem problema viver assim? Afinal “você só quer perder alguns quilinhos” OU “Ser mais puro”, não é?

E olha só o que pode acontecer…

5 perigos de se fazer restrição alimentar

(o 5º foi crucial para a influenciadora Zhanna Samsonova e isso não teve nada a ver com ela ser VEGANA!):

  1. Restrição alimentar faz você perder peso (momentaneamente) mas não gordura corporal! A perda de peso ver de redução de suas reservar de carboidrato no corpo (glicogênio)

A cada 1 grama de carboidrato perdido você perde 2,7 gramas de água!

  • Restrição alimentar fazer você perder músculos! Nesse ciclo de perde/ganha peso, junto com a água perde-se musculatura que um tecido difícil de ganhar de novo.

Mas gordura corporal é muito mais fácil de ganhar! Já notou?

  • Restrição alimentar levam você a ter um desejo intenso por comida, o que te leva a frequentes episódios de comer em exagero (comer desinibido)

É ficar com pouca comida que você começa a ver o bolo “proibido” em todo lugar!

  • Restrição alimentar com o perde/ganha peso frequente, promovem uma redução gradual de sua taxa metabólica de repouso, a energia que seu corpo gasta com manutenção de funções.

A redução da musculatura com o tempo torna seu corpo um poupador de energia! E Pode também o fragilizar bastante.

  • A restrição alimentar torna você escrava de uma vida que não vale a pena ser vivida SOCIAL, PSICOLÓGICO E FISICAMENTE. Se pergunte: a vida com uma dieta dessas repleta de restrição alimentar é algo faz parte de uma vida que você gostaria e é possível ter por muito tempo?

Não é só sobre calorias tampouco sobre ser vegetariana/vegana estamos falando de uma forma de pensar sobre a comida!

A influenciadora Zhanna Samsonova faleceu…

pois, desenvolveu um transtorno alimentar… o grau patológico da obsessão pelo comer “certo” ou “saudável” (com todas as aspas possíveis)

se tornou refém de um “ideal” de saudável que não existe, repleto de restrições intensas e regras alimentares extremas que nada se relacionam com ser vegano

Esse pensamento dicotômico em relação a alimentação (de poder certas coisas e não poder outras) pode se tornar tão normalizado pelas lentes no “FALSO PADRÃO SAUDÁVEL” inundado de crenças e modismos que podem levar a pessoa LITERALMENTE A NÃO COMER!

Zhanna Samsonova pode ter caído na armadilha de uma sociedade que “APLAUDE” um “SAUDÁVEL” sem fundamentos e recheado de privações.

A falsa ideia do “saudável” fez mais uma vítima.

Leia também

Mentoria em Grupo Online

A mentoria em grupo online corresponde a 10 encontros exclusivos realizados semanalmente. A mentoria se destina às pessoas que desejam um acompanhamento mais próximo ao longo da realização do curso “Jornada da Sabedoria Alimentar”.

Esses encontros têm o objetivo dar suporte mais próximo aos dilemas e dúvidas que o participante encontre ao longo de sua jornada além de permitir um ambiente rico de trocas entre os mentorandos e o mentor (César).

Em breve serão disponibilizadas mais informações sobre a mentoria on-line em grupo.

Curso Online

O curso “Jornada da Sabedoria Alimentar” é um curso 100% on-line para você que cansou e está frustrado com as tentativas passadas e sem sucesso de mudar a alimentação e não quer mais saídas mirabolantes e dietas da moda extremistas que não chegam a lugar nenhum e ainda levam a oscilação de peso.

Aprender a comer não precisa ser algo sofrido e alcançar um peso saudável pode ser alcançado com essa habilidade poderosa chamada Sabedoria Alimentar que pode te aproximar de uma vida alimentar que vale a pena ser vivida.

 

O que eu recebo ao fazer o curso?

Ao se matricular você receberá acesso ao curso por um ano por meio de uma plataforma específica. Na plataforma você encontrará aulas previamente gravadas e materiais para serem salvos e utilizados ao longo do processo de realização do curso.

O curso é disponibilizado em 8 módulos/semanas, totalizando 56 aulas que são desbloqueados a cada semana e após você ter realizado o módulo anterior. Todas as aulas serão gravadas por mim César e estarei por lá conversando como se estivesse no consultório. Você também participará de nosso grupo de whatsapp e poderá trocar experiências e dúvidas por lá conosco e com os demais alunos.

Em breve serão disponibilizadas mais informações sobre o curso “Jornada da Sabedoria Alimentar”

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Minha História

Eu vou compartilhar minha experiência com a sabedoria alimentar e como passei a valorizá-la. Iniciei na nutrição por conta da nutrição esportiva, mas isso teve um motivo. Entre a pré-adolescência e adolescência, me preocupava muito com meu corpo e me sentia mal perto de colegas mais magros na escola. Essa “sensação” de “coadjuvante” favoreceu minha timidez e me sentia bastante inseguro.

Estava sempre evitando muito contato social. Certa vez em consulta médica, fui rotulado como “obeso” e o médico disse que eu precisava emagrecer sem mesmo ter me examinado. Esse desleixo no cuidado somado ao que eu já vivenciava, me abalou muito. Por volta dos 14 anos, quando aumentei rapidamente minha estatura, acabei emagrecendo, mas continuava sempre preocupado com o que ia comer e com o corpo.

Lia rótulos, contava calorias e praticava exercícios (futebol) para não engordar. Mas a vergonha do corpo ainda estava presente. Tirar a camisa por exemplo, nunca deixou de ser um sofrimento. Eu me interessava pela área de biológicas e ao mesmo tempo procurava respostas para mim. Foi assim que, mais tarde, decidi tentar vestibular para nutrição na USP Ribeirão Preto. Na mesma época, em uma situação inusitada andando em um parque com minha mãe, fui convidado a ser modelo (algo completamente “fora da casinha”, imaginem!). Toda essa ocasião (universidade + “modelo”) melhoram momentaneamente minha autoconfiança.

Foi nessa fase que comecei a correr, o que me fazia bem, mas também passei a fazer musculação porque a agência de modelos exigia um corpo mais magro e mais musculoso. Com dois anos de faculdade, decidi trancá-la e me mudar para São Paulo para intensificar as atividades de modelo.

Consegui participar de desfiles importantes (Ellus, Herchcovitch…) e até passei um tempo curto no exterior para trabalhar. E as cobranças das agências para emagrecer e “ficar musculoso” só cresciam e se tornaram um problema muito maior. Minha rotina era fazer exercício, comer contando calorias e proteínas, tomar suplemento, comer só o que eu preparava e ir para testes de trabalho de moda ou comerciais. Mas meu corpo nunca era suficiente para o que a agência esperava, e isso me abalava muito. Até anabolizantes eu cheguei a usar. Era um ambiente muito insalubre. Não era raro pessoas desse meio criticarem abertamente o corpo de modelos homens e mulheres em tom de deboche. O assunto era só esse o tempo todo.

Depois de quase 2 anos de pressão para manter um corpo idealizado pelas agências, eu percebi que isso tudo não tinha nada de saudável e comecei a questionar o que realmente significava qualidade de vida de forma duradoura e se essa vida fazia sentido para mim. Minha mãe também havia falecido e passei a reavaliar muito coisa que eu estava fazendo até então. Eu não queria mais aquilo tudo.  A intenção de voltar para nutrição foi ainda maior. Como estabeleci vínculos em São Paulo, decidi prestar vestibular de novo.

Passei na prova. E voltei para graduação de nutrição agora na USP/SP e com uma missão clara: entender como alcançar qualidade de vida sem uma alimentação obsessiva e ajudar outras pessoas a enxergar como era grave aquela forma obsessiva de pensar a alimentação e o corpo e como tudo isso mais atrapalhava do que ajudava no processo de mudanças na alimentação. Eu tive que me aprofundar em muitas coisas para ter condições de desmistificar todos os mitos sobre a alimentação que passei a notar.

Foi aí que comecei a entender no meu percurso, o que era sabedoria alimentar. Me formei. E entre muitos estudos e aprofundamento (mestrado, especializações e doutorado), compreendi que sabedoria alimentar é uma habilidade poderosa. Uma ferramenta essencial para alcançarmos um relacionamento saudável com a comida e com nosso próprio corpo para atingirmos uma vida que vale ser vivida. Uma habilidade com suas raízes na ciência do comportamento alimentar.

A sabedoria alimentar aliada a todo o conhecimento clássico da nutrição passou a ser a porta de entrada para eu compreender a minha forma de comer e como facilitar que todos os pacientes e pessoas que passaram a cruzar meu caminho pudessem também comer de maneira mais consciente e com paz, notando o significado de suas escolhas e aprendendo a alinhá-las a cada uma das expectativas e influências que encontravam no dia a dia.

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